Um novo estudo divulgado pela Qlik®, líder global em integração de dados, analytics e inteligência artificial (IA), revelou que 49% das empresas no Brasil estão reduzindo seus investimentos em inteligência artificial.
A pesquisa entrevistou 4.200 executivos C-level e tomadores de decisão de IA. Entre os motivos para pausar ou descontinuar seus projetos com a tecnologia, foram apontados a falta de habilidade para desenvolver IA, dificuldade na governança de dados, ausência de dados confiáveis para a tecnologia funcionar e, o principal deles no país, desafios regulatórios.
De fato, 20% das empresas globais e 11% das brasileiras possuem entre 50 e mais de 100 projetos de inteligência artificial na etapa de escopo ou planejamento. Mundialmente, 20% também dos entrevistados afirmaram ter até 50 projetos que avançaram para o planejamento ou além dele, mas precisaram ser pausados ou cancelados completamente. Entre as empresas no Brasil, o valor cai para 17%.
De acordo com o estudo, embora exista um nível de entendimento sobre a importância e proporção que a IA tem tomado, quase todos os participantes (95% no mundo e no Brasil) sentem uma falta de confiança de outras partes do negócio em relação ao uso da tecnologia.
No Brasil, 25% dos tomadores de decisão de IA dizem que seus gerentes seniores não confiam na inteligência artificial e 42% afirmam que sentem a mesma desconfiança vinda de colaboradores de níveis mais baixos.
“Sem uma implementação adequada, com dados de qualidade, seguros e governados, as companhias correm grandes riscos de não capturar os ganhos financeiros que a IA pode proporcionar”, afirma Olimpio Pereira, country manager da Qlik Brasil.
Os dados da Qlik mostram que a troca de conhecimento pode ajudar a aumentar essa confiança e os investimentos subsequentes, já que 74% dos líderes globais buscam promover mais os benefícios da tecnologia dentro de suas organizações. Esse índice sobe para 88% no Brasil, destacando a prioridade em promover os benefícios da tecnologia.
Uma outra forma de construir e garantir confiança é fornecer treinamento em IA para melhorar a qualificação da força de trabalho. No entanto, atualmente, entre as soluções para concretizar o uso das ferramentas a mais popular (74% globais e 85% no Brasil) é buscar produtos “prontas para uso”.
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Globalmente, 65% dos tomadores de decisão de IA acreditam que seu país tem o potencial para liderar o mundo em habilidades de inteligência artificial nos próximos cinco anos. Para atingir isso, 76% acreditam que seus segmentos precisam ser melhores em nutrir e qualificar equipes e 75% acham que seus governos precisam fornecer mais financiamentos e treinamentos na tecnologia.
No Brasil, a visão é mais otimista, com 71% dos executivos indicando que o país tem o potencial para assumir esta liderança. Além disso, 94% defendem a necessidade de mais qualificação nos segmentos e 87% destacam a importância de maior apoio governamental no país.
“Os líderes de negócios sabem o valor da IA, mas enfrentam uma série de barreiras que os impedem de passar de provas de conceito para uma implementação da tecnologia que crie valor.” afirma James Fisher, diretor de Estratégia da Qlik.
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