A Jornada Amazônia, plataforma de inovação e empreendedorismo da Fundação CERTI, anunciou essa semana uma nova chamada do Programa Sinergia, voltado para negócios que atuem com conservação, regeneração e desenvolvimento econômico na região amazônica. O objetivo é aumentar a competitividade e impulsionar soluções que contribuam com a bioeconomia da Amazônia.
As inscrições ficam abertas até 25 de maio. A expectativa dos organizadores é identificar e apoiar 20 startups em estágio de operação ou tração e com “alto potencial de impacto positivo”. A seleção promete dar acesso a suporte, mentorias, conexões com investidores e empresas, e capacitações voltadas à bioeconomia amazônica.
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“A COP30 [marcada para novembro em Belém, no Pará] será uma vitrine global para mostrarmos que a Amazônia pode ser protagonista de uma nova economia, que une desenvolvimento com conservação. A floresta em pé é fonte de soluções inovadoras, e o Sinergia nasce justamente para identificar, fortalecer e conectar esses negócios ao ecossistema certo…”, explica em comunicado Marcos Da-Ré, diretor de economia verde da fundação.
Serão priorizados negócios que atuem em setores como alimentos, cosméticos, TIC, turismo, biotecnologia, moda, entre outros, desde que com soluções escaláveis e ligadas à bioeconomia amazônica.
A seleção acontece em três fases. A primeira é a inscrição por meio de formulário, em que as startups precisam detalhar soluções, equipes e estágio de desenvolvimento. Na sequência, ocorre a avaliação técnica, que selecionará até 40 startups com base. Depois, elas participam de uma banca de pitch online, em julho, para apresentar seus negócios a uma comissão avaliadora.
Casos de sucesso
O Sinergia já impulsionou outros negócios conectados à preservação. É o caso do Imeru Café, que cultiva café especial de forma orgânica na comunidade indígena Kauwê, de Roraima. A Cacauaré é outro exemplo. A marca de cacau nativo da Amazônia foi criada por mulheres empreendedoras que desenvolvem a cadeia produtiva junto a pequenos produtores.
A NanoAmazon Solutions, por sua vez, transforma resíduos do coco babaçu em nanocelulose, utilizando um processo ecológico que beneficia comunidades tradicionais e oferece alternativas para setores como embalagens, cosméticos e bioplásticos.
“Tivemos acesso a conexões estratégicas com mentores e investidores que realmente acreditam no potencial da bioeconomia amazônica e validamos e fortalecemos nosso modelo de negócio com o apoio de quem entende o território e o impacto. O suporte contínuo que estamos recebendo tem sido essencial para nosso crescimento”, explica Rodrigo Polkowski, CEO da NanoAmazon Solutions.
As inscrições devem ser feitas no site do programa.
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