No SXSW de 2025, a futurista Amy Webb subiu ao palco para apresentar a nova edição de seu Tech Trends Report. São mil páginas dissecando o presente e prevendo um futuro que, para os otimistas, é empolgante; para os cautelosos, inquietante. A tese central do relatório deste ano: estamos entrando na era da “inteligência viva”, sistemas capazes de sentir, aprender e se adaptar de formas que escapam à nossa atual compreensão do que seja tecnologia.
“As decisões que tomarmos nos próximos cinco anos determinarão o destino de longo prazo da civilização humana”, cravou Webb, diante de uma plateia dividida entre o entusiasmo e a preocupação. Seu argumento: avanços em sensores, biotecnologia e computação quântica estão convergindo para criar sistemas que não apenas executam tarefas, mas redefinem o próprio conceito de inteligência. A inteligência artificial, antes limitada a responder perguntas e gerar imagens, está agora aprendendo a agir de maneira independente.
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Entre as previsões do Tech Trends Report, estão:
- A substituição de modelos baseados em linguagem por modelos de ação, em que a IA não apenas responde, mas decide e age;
- Robôs deixando as fábricas para ocupar espaços antes reservados a humanos;
- A criação de materiais que desafiam as leis conhecidas da física;
- O ressurgimento da energia nuclear impulsionado pelo apetite energético da IA;
- Uma economia em ascensão entre a Terra e a Lua.
O futuro, segundo Webb, já não pertence só aos humanos. “Estamos construindo sistemas que podem reprogramar a biologia, remodelar a matéria no nível atômico e processar informações de maneiras que desafiam a física clássica”, disse, lembrando que a história está repleta de momentos de salto tecnológico irreversíveis.
*Com informações da CNN Brasil
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