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Homem de terno interagindo com uma tela digital que exibe ícones relacionados a impostos, como "TAX", "TAX REFUND" (restituição de imposto), carrinho de compras, cofre e calendário fiscal. A imagem remete ao conceito de reforma tributária e digitalização dos processos fiscais, com fundo azul e elementos gráficos que simulam conectividade global (tecnologia)

A tecnologia será uma aliada importante das empresas durante o período de transição que marcará a implementação da Reforma Tributária no Brasil, que tem uma fase de testes prevista para julho de 2025. A partir de 2026, as alíquotas iniciais do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) passarão a ser informadas pelas empresas, mudando os processos fiscais de até então.

Apesar da promessa de um sistema mais moderno e simples, a transição promete ser complexa, com regras novas e antigas convivendo. Prazos distintos para fatos geradores e o fim progressivo de tributos circundados por benefícios fiscais, como PIS, Cofins e ICMS, também devem desafiar as organizações.

Diante disso, dizem especialistas, a tecnologia surge como aliada porque permite simular cenários, estudar alternativas para reduzir impactos fiscais e garantir o cumprimento das regras atuais (válidas até 2033) e das novas.

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“A tecnologia terá um papel essencial não apenas para garantir conformidade fiscal, mas também para oferecer capacidade analítica e preditiva em tempo real”, diz Victória Sanchez, Chief Product Officer da NFe.io. “O volume de variáveis envolvidas torna inviável qualquer abordagem manual. Além disso, novas regras como o princípio do destino — que altera a lógica da arrecadação conforme o local de consumo — exigirão profundas revisões em contratos, preços e rotinas operacionais.”

Soma-se a isso, diz a especialista, a adoção cada vez maior de soluções digitais por parte das áreas fiscais das companhias, incluindo automação de processos (RPA), inteligência artificial (IA) e análise de grandes volumes de dados (Big Data). Tudo isso aumenta as possibilidades da “governança digital de impostos”.

“Estamos falando de um novo modelo para a área tributária das empresas, que exige profissionais com skills digitais para trabalhar com o apoio de verdadeiros ecossistemas de soluções que conectam dados de múltiplas fontes, analisam riscos, além de toda operação no dia a dia do setor, com inúmeros eventos que moldam e ajustam as operações em tempo real pós a emissão de uma nota fiscal eletrônica”, diz a executiva.

A especialista acredita que se trata de uma oportunidade para empresas que não apenas queiram se ajustar à nova tributação, mas otimizar a própria gestão financeira.

Em 2024, tecnologias voltadas para processos fiscais movimentaram US$ 18,5 bilhões no mundo, com crescimento estimado médio de 12,1% ao ano até 2030, segundo a consultoria Markets and Markets.

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