As ações de montadoras e grandes empresas de tecnologia foram as mais afetadas por uma ampla queda nos mercados nesta segunda-feira (3), depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ordenou tarifas abrangentes contra México, Canadá e China, alimentando temores de uma guerra comercial global que pode prejudicar o crescimento.
Investidores buscaram refúgio no dólar e nos títulos do Tesouro dos EUA, enquanto México e Canadá — os dois principais parceiros comerciais dos EUA — prometeram retaliação com tarifas próprias. A China, por sua vez, afirmou que contestaria as tarifas de Trump na Organização Mundial do Comércio (OMC).
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Entre as montadoras, as ações da General Motors caíram 6,4%, as da Ford recuaram 3,8%. As da Tesla perderam 2,9% nas negociações pré-mercado. As ações de empresas de comércio eletrônico listadas nos EUA também sofreram impacto, com a PDD Holdings caindo 4,5% e a Alibaba perdendo 1,9%.
As gigantes da tecnologia também recuaram. A Microsoft caiu 1,5%, a Apple perdeu 1,9% e a Amazon 2,3%. Um declínio de 2,2% nos futuros do índice Russell apontava para quedas acentuadas nas ações focadas no mercado interno.
“Além do aumento nos custos de movimentação de mercadorias entre fronteiras, a medida perturbará cadeias de suprimentos já estabelecidas e reduzir a confiança empresarial na América do Norte”, disse Bruce Kasman, economista-chefe do J.P. Morgan, em nota divulgada pela Reuters.
Tarifas podem ser repassadas aos consumidores
Trump reconheceu que os custos das tarifas podem, em alguns casos, ser repassados aos consumidores e admitiu que suas medidas podem causar uma interrupção temporária. Ele também afirmou que algo “muito substancial” estava sendo planejado para tarifas contra a União Europeia.
As ações de empresas de criptomoedas também sofreram queda. A Coinbase recuou 5,8%, enquanto as mineradoras Marathon Digital e Riot Platforms caíram cerca de 6% cada, à medida que a busca por segurança levou o bitcoin abaixo da marca de US$ 100 mil.
“As ações deste fim de semana desafiam nossa visão de que o governo Trump tentará limitar políticas disruptivas, equilibrando seu desejo de reduzir o envolvimento global com o compromisso de apoiar as empresas dos EUA”, disse Kasman. “O risco é de que a política econômica esteja se inclinando (talvez involuntariamente) para uma postura desfavorável aos negócios”, completou ele.
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