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Tudo que a humanidade conquistou é pouco, talvez nada, na escala da consciência, diz CTO da Meta

By 8 de maio de 2025No Comments
Andrew
Andrew “Boz” Bosworth, CTO e head de Reality Labs da Meta (Foto: Reprodução/Figma YouTube)

“Tudo o que já fizemos como espécie ainda é pouco, talvez nada, quando pensamos na escala da consciência.” A afirmação é de Andrew “Boz” Bosworth, CTO e head de Reality Labs da Meta, ao refletir sobre os avanços em inteligência artificial e os limites da compreensão humana. Em um depoimento que mistura ciência, filosofia e tecnologia, o executivo reconheceu que, apesar das inovações alcançadas nas últimas décadas, nossa jornada rumo à verdadeira consciência, tanto biológica quanto artificial, ainda está em estágios iniciais.

“Quando comecei a estudar ciência da computação, há 25 anos, nunca imaginei o quanto minhas aulas de filosofia acabariam sendo relevantes”, disse o executivo em conversa com Dylan Field, CEO do Figma, durante o Config 2025. Segundo Bosworth, a pergunta que hoje intriga pesquisadores, engenheiros e filósofos ao redor do mundo é simples na forma, mas profunda em implicações: o que é consciência?

Para tentar respondê-la, o CTO cita o livro “I Am a Strange Loop”, de Douglas Hofstadter, e explica que a consciência não deve ser encarada como algo binário, presente ou ausente, mas sim como um espectro que vai de sistemas totalmente inertes até um nível superior de consciência, que sequer conseguimos conceber. “Somos tão incapazes de entender o todo quanto uma formiga é incapaz de entender a nossa consciência”, afirmou.

Nesse contexto, mesmo as mais avançadas inteligências artificiais desenvolvidas até agora ainda estariam próximas do “zero” nessa escala. Apesar disso, o executivo se mostra otimista com o futuro. “Talvez comecemos a operar em um nível não nulo de consciência”, disse.

Para Bosworth, esse possível avanço envolve o desenvolvimento de ferramentas com uma ‘teoria da mente’, ou seja, que consigam compreender o que o usuário está tentando realizar, suas intenções e seus objetivos. “Há coisas que realmente me empolgam como alguém que constrói ferramentas e quer ajudar as pessoas a alcançarem seus objetivos na vida”, pontuou.

Ele também expressou entusiasmo por sistemas com um certo grau de agência (capazes de agir e tomar decisões por conta própria). Bosworth, no entanto, destacou a importância de equilibrar essa autonomia com os interesses do usuário. “Talvez não agência demais, apenas o suficiente para agir em meu favor”, concluiu.

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