
A Omni Saúde, healthtech B2B de seguros para medicamentos, ganhou uma nova investidora. Depois de atrair o family office Enseada, que liderou em abril a quarta rodada na startup, agora vem a Vivo, que entrou na rodada por meio da Wayra, um de seus CVCs (o outro é a Vivo Ventures).
O valor do cheque assinado pela operadora não foi divulgado, mas ele compõe um valor total de US$ 1 milhão (aproximadamente R$ 6 milhões). Entretanto, o que se sabe é que a Wayra faz investimentos de no máximo R$ 2 milhões nas startups que seleciona.
O aporte fechado este ano é o quarto da Omni Saúde em dois anos de operação – a healthtech já soma cerca de R$ 25 milhões em captações. Além da Wayra e da Enseada, a empresa tem acionistas como os fundos Norte Ventures e Green Rock, além de anjos como Jaime de Paula (Neoway), Renato Garcia Carvalho (Novartis), Isa Tanure (Alliança), entre outros.
Em conversa com o Startups, o cofundador e CEO da Omni, Fernando Domingues, destacou que essa última rodada é estratégia para os planos de expansão da empresa, abrindo oportunidades tanto para evolução do produto, aumentando o time tech, quanto de aumento da base de clientes.
Atualmente a companhia atende cerca de 40 empresas (com nomes como Spoleto, Stefanini e Riachuelo) que pagam um valor mensal por funcionário, e isso dá a eles um saldo maior para comprar medicamentos pelo app da Omni. Com o aporte, a meta é chegar a 70 mil vidas em sua base até o fim do ano – atualmente são cerca de 30 mil.
“Com a Vivo como investidora, ganhamos um parceiro e um canal poderoso de vendas. Temos grandes oportunidades de cross-sell”, completa o CEO, citando a possibilidade de sinergias no B2B2C com a Vale Saúde, healthtech que a Vivo adquiriu em 2023. Vale lembrar que a Vivo também é sócia da Conexa.
Com estas possibilidades em mente, as metas da Omni são ambiciosas. “Fechamos 2024 com uma receita de R$ 5 milhões e queremos crescer esse número em quatro vezes até o fim do ano. Já chegamos na metade dessa meta, antes da chegada da Wayra”, destaca Fernando.
Ampliando a tese health
Do lado da Wayra, a rodada na Omni Saúde solidifica o foco da Vivo no mercado de saúde – e no caso da nova investida, é um negócio com potencial de integrações com produtos da operadora a curto prazo.
“É uma empresa com apenas dois anos de mercado, mas que tracionou de forma rápida, com clientes importantes e crescendo de forma rápida e sustentável”, destaca Wana Schulze, Head de Investimentos e Portfólio da Wayra Brasil e Vivo Ventures. “Já identificamos sinergias, mas não tem nenhum projeto fechado ainda”, afirma a executiva.

Além disso, o deal da Wayra remete a outras ligações da Vivo com o cofundador – e empreendedor serial – Fernando Domingues. Antes de fundar a Omni em 2023, Fernando era um dos sócios e cofundadores da Conexa – a mesma que recebeu um investimento de R$ 25 milhões da Vivo Ventures.
“É algo que conta bastante. Fernando é um fundador em sua terceira jornada, sabe como montar um bom time e tem um background comprovado em tecnologia para saúde e já tem uma boa relação conosco desde a Conexa“, avalia Wana.
Com o aporte da Omni, a Wayra Brasil e Vivo Ventures chegam a 4 investimentos em healthtechs. As outras startups investidas deste segmento são Proradis, Conexa e Fiibo. Desde 2012, foram 89 startups investidas pela Wayra Brasil, sendo atualmente 28 startups ativas. No lado da Vivo Ventures, já foram utilizados cerca de R$ 160 milhões dos R$ 320 milhões alocados.
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