A jornada de pagamento é, cada vez mais, um elemento decisivo para o sucesso da experiência do cliente. Empresas que conseguem customizar essa jornada saem na frente, oferecendo opções alinhadas às necessidades dos clientes e ao seu perfil. Essa foi a conclusão da Masterclass apresentada nesta segunda-feira (28) por André Martins, CTO da Zoop e diretor do iFood Pago, no Web Summit Rio.
Por meio de uma solução white label, a Zoop oferece às empresas a possibilidade de controlar a jornada de pagamentos, com uma infraestrutura de Payments-as-a-Service (PaaS).
“A empresa conhece o seu público, conhece o risco que ele tem, a recorrência, e pode oferecer um produto que tenha muito mais a ver com o consumidor, que normalmente o adquirente não tem. O adquirente está mais preocupado em vender uma solução que ele tenha, e não uma solução que a empresa precisa. Quando você tem uma plataforma como essa, que tem todas as formas de pagamento e você pode escolher aquilo que faz sentido, isso faz toda a diferença”, destacou André.
Segundo ele, a principal vantagem de ter uma jornada de pagamentos customizada é reduzir a fricção nas vendas, evitando as desistências nos momentos finais da compra.
Durante a Masterclass, o executivo abordou o cenário de pagamentos no Brasil, que segundo ele é um terreno fértil para o PaaS, por motivos como o arcabouço regulatório favorável, população digitalizada, crescimento das fintechs e a forte adesão ao Pix.
“A gente tem um dos sistemas bancários mais incríveis do mundo, mais rápidos do mundo. Várias soluções de conexão que são melhores do que os países. A gente só perde no Pix para a Índia, mas a Índia tem um bilhão de habitantes”, comentou.
Para André, o Brasil está caminhando para se tornar um dos protagonistas da revolução dos meios de pagamento, a exemplo do que ocorreu com a China, com os super apps WeChat Pay e Allpay, que transformaram os smartphones no principal canal de transação financeira.
“Esses modelos a gente tem aqui e a gente pode criar aqui. Usando plataformas como a nossa, você pode costurar. Imagina as possibilidades que você tem quando existe um ecossistema com várias empresas participando e você mantém esse dinheiro circulando dentro da empresa. O que você consegue fazer de cashback, de desconto para o seu cliente. Foi isso que as empresas fizeram na China”, disse.
O CTO da Zoop acrescentou que o Brasil já é referência mundial em meios de pagamento, e tem servido de exemplo para outros países, como Estados Unidos e Europa. Além das questões regulatórias e do avanço em áreas como pagamentos instantâneos, André destacou o potencial criativo e a qualidade das fintechs brasileiras, que ajudam a atrair o olhar do mundo para o Brasil.
“Em 2023, foram US$ 2,5 bilhões investidos nas fintechs aqui no Brasil. E tem muita empresa de fora vindo comprar fintech ou investir em fintech para poder levar essas soluções para fora do Brasil”, apontou.
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